sábado, 24 de março de 2012

Quando alguém famoso morre

Quando alguém famoso morre, podem existir dois tipos de reação.

A primeira é a do emocionalismo demagógico, principalmente no meio espírita, que esquece os milhões de anônimos e busca capitalizar a "obrigação" do sujeito de se posicionar sempre no sentido de que tal pessoa seria um missionário, homem de Deus, coisas do gênero. Mas, hoje não vamos nos ocupar disso.

Vamos nos ocupar da segunda reação possível e a única racional, progressista, evolucionária. Quando alguém famoso morre e é reconhecido como pessoa positivamente marcante na história ou cultura de um povo, seria o caso de nos perguntarmos por que tal pessoa seria famosa. Pode ser por imposição de mídia, imposição politica, manipulação institucional, fazendo pintar uma figura que não é exatamente aquilo que foi mascarado. Mas, pode ser, e queremos que seja na maior parte das vezes, porque a pessoa falecida simplesmente era uma boa pessoa, que por méritos próprios alcançou uma opinião majoritária entre as demais como "pessoa de bem".

Essas pessoas não precisam estar na frente de holofotes. Podem ser famosos internacionais, nacionais, regionais, locais... pode ser o famoso do bairro. São famosos porque permitiram que o seu trabalho sedimentasse e prosperasse em beneficio material, espiritual ou emocional de muitas pessoas. São artistas? Podem ser. São políticos altruistas? Por que não? São lideres sindicais, religiosos? Sim. Líderes de comunidades? Trabalhadores discretos que ensinam algo a alguém? Estes são a maioria. São famosos, mas somente por quem foi beneficiado por eles.

Estas pessoas só são famosas porque optaram por não levar uma vida "arroz-com-feijão". Não se contentaram em acordar pela manhã, ir ao trabalho, voltar para casa, reclamar do trabalho, ver novela e ir dormir sonhando na viagem de fim de ano para o litoral, para, no dia seguinte acordar pela manhã, ir ao trabalho...

Ou seja, são pessoas reconhecidas porque romperam este ciclo. Optaram por não levar uma vida mediocre de mesmice e adotaram o lema de que queriam deixar algo para o mundo, construindo algo a partir de si mesmos, deixando sua marca e a si mesmo como referência. Não se contentaram com o dia a dia. Não adotaram o cotidiano. Optaram, enfim, por fazerem parte da grande revolução que marca o progresso do processo civilizatório deste planeta.

E você?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O que faria um espírita no carnaval?

As pessoas maciçamente abdicam do direito de raciocinar. Nesta semana temos mais um exemplo do que vem a ser a omissão sobre a qualidade que TODOS possuem de pensar sobre as coisas.

Está aí o carnaval... Então, o que o Espiritismo diz sobre o carnaval?...

Ué, nada... Não tem o Espiritismo nada a ver com isso. Por que vamos ficar aplicando lições de moral nos outros que gostam de carnaval?

O que podemos e devemos fazer é pedir às pessoas que raciocinem. E o exercício do raciocínio começa por saber o que é carnaval, qual sua finalidade. Há um texto simples abaixo. Após o lermos, podemos descobrir que o indicativo mais importante para o Espírita abdicar de participar deste evento lamentável não tem nada de moral - tem a ver com COERÊNCIA...

Vejamos...
Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C..[1] É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.[2] A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque, capital da Finlândia.
A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.

Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras).[5] O termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.
O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Chico Xavier: o homem, o médium e o mito


Por Maria Ribeiro

O primeiro contato com o Espiritismo de uma grande parcela de adeptos se faz através de obras como Nosso Lar e similares, o que não deve representar nenhum constrangimento, mesmo porque, são poucos os que podem se vangloriar de terem se iniciado realmente pelo começo – as obras básicas.  

Ouve-se falar, principalmente das obras de André Luiz e Emmanuel em parceria com o Chico, as melhores referências, como se estas não só complementassem, mas substituíssem as obras básicas. Particularmente, já ouvimos mais de uma vez que o livro Nos domínios da mediunidade é um tratado do assunto, deixando O Livro dos Médiuns em plano secundário, o que é um atentado violento ao trabalho de Kardec e às instruções do Espírito de Verdade. Há quem diga que, depois de O Livro dos Espíritos, o livro Nosso Lar é o segundo mais importante da Doutrina. Uma grande parte acredita que estas obras sejam basilares para a compreensão do Espiritismo, pois tudo está lá, dizem. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A identidade dos Espíritos e o excesso de credibilidade


Por Maria Ribeiro

A importância capital na distinção dos Espíritos diz respeito, a saber-se se são bem ou mal intencionados, sábios ou ignorantes, sendo o restante de importância secundária, salvo se tratar-se de identificá-lo como pessoa desencarnada de nossas relações, onde se faz necessária a comprovação da identidade. A identificação será mais difícil quando tratar-se de personagens antigas, por isso a orientação em O Livro dos Médiuns, em que “a apreciação será puramente moral”.

A linguagem é apontada como principal forma de identificação, ao menos moral e intelectual do Espírito. Aliás, há entre eles, quando há concordâncias de idéias, o costume de assinar com um nome que imprima mais confiabilidade, sem por isso tratar-se de um Espírito mal intencionado; estes são mais esclarecidos, que, conservando sua individualidade, vão perdendo aos poucos os caracteres que distinguem sua personalidade. Também há os que se fazem passar por personagens veneráveis, mas com o intuito de enganar, e, claro, estes são sempre de ordem inferior.